Diante de tudo que havia lido, do que a gente via/vê na televisão e tantas outras coisas, minhas expectativas eram as maiores e melhores para a Terra do Sol Nascente. E confesso que o país não me decepcionou!
Falsa geisha em Kyoto
Alguém brincando de ser geisha pelas ruas de Kyoto…

Me vi passando por situações que a gente lia ou ouvia que acontecia, mas achava que era um pouco de exagero, como por exemplo; a gentileza incurável e quase ingênua dos japoneses, a maneira autêntica e diferentes de várias pessoas se vestirem (especialmente em Toquio), a obsessão pelas revistas mangás e pela honestidade no comércio, tão diferente da maioria dos países asiáticos que já visitamos.
Hiroshima por Mikix
Família brincando em Hiroshima (Prédio: Domo da Bomba Atômica)…

Imaginei que Toquio fosse superar todas minhas fantasias futuristas, sendo a metrópole mais moderna e surreal de todas, mas confesso que não foi isso que encontrei. Percebi uma cidade que parou nos anos 80 e 90 e dentro desse meio, se criou e recriou. Não a achei compatível com as capitais de arquitetura futuristas de Dubai ou mesmo Pudong, a parte nova de Xangai. Porém, ela é extremente limpa, tudo funciona perfeitamente, não há extremo barulho (nem sei se ouvi buzina) e a busca por se destacar na multidão, deve ser o lema, muitas vezes me peguei pensando se a pessoa estava fantasiada, ou com sua vestimenta do dia a dia. Difícil imaginar que uma cidade de 20 milhões de habitantes possa ser tão segura, limpa e fácil de se locomover.
Parque Yoyogi, Toquio
Meninas dançando no Parque Yoyogi em Toquio…

As cidades menores foram definitivamente as que me fisgaram e me deixaram com saudades. Kyoto me abraçou logo no primeiro dia, Hiroshima me deixou em paz e Takayama me fez entender que tudo pode ser feito com calma e sem pressa. Nas menores cidades, mora o Japão de verdade, aquele perdido no tempo e que queremos encontrar.
Rua de Takayama
Estudante em Takayama…

Infelizmente não vimos a floração das cerejeiras e nem o colorido do outono, mas por outro lado, não viajamos com a multidão que se aglomera na alta temporada. A temperatura do mês de maio foi perfeita; a região de Takayama nos ofereceu um friozinho bom, e até deu para ver um pouquinho do final da primavera. Toquio estava mais quente que o esperado, mas sem o calor abafado típico do verão japones. Hiroshima nos deu uma amostra da humidade e sol. E Kyoto, se não fosse pela nuvens baixas e cinzentas, não teríamos do que reclamar.
Shirakawa-go
As árvores floridas de Shirakawa-go…

Ah sim… a comunicação… como dizer que achei mais fácil me fazer entender na China que no Japão? Mas essa foi a realidade!!! Ainda não sei porque imaginei, que a maioria dos Japoneses entendiam inglês, mesmo depois de ter assitido o filme Lost in Translation (Encontros e Desencontros) … risos … As vezes, me pegava rindo das situações, em alguns restaurantes os atendentes não sabiam a diferença entre “hot ou cold” (quente ou frio). Por outro lado, tudo foi tão simples, pois eles querem te ajudar e de uma forma ou de outra, depois de muitas risadas e muitos “hai“, nos entendíamos! A ponto de eu receber dois elegios pelo meu perfeito jeito de dizer “arigatô!” (risos). Se não fosse os ideagramas, acredito que seria fácil aprender japones, já que é uma lingua silábica e tem praticamente todos os sons que o português (pelo menos é o que eu acho).
Cenas do templo Senso-ji
Cenas do templo Senso-ji em Toquio…

E foi assim que nossos 14 dias pelo Japão se passaram rapidamente como os Shinkazens (trens bala)… um dia eu volto!

Blogs que me ajudaram com as pesquisas dessa viagem:

Viaje na Viagem

Carpe Diem da Cris Tomasi

Colagem da Lu Misura

Ideias na Mala

Continue lendo os posts da nossa viagem ao Japão:

Nossa declaração de amor ao Japão

2 Dias em Quioto / Kyoto

Comprar ou não comprar o JR Pass

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