Budapeste é uma cidade que pode te deixar mal impressionado a primeira vista, mas se voce conseguir olhar para dentro dela, pode ser que se apaixone, e acho que foi isso que aconteceu comigo…
Logo que desembarcamos e pegamos o transfer para nosso hotel, tive a impressão de estar em um lugar sujo, “atrasado”, com predios destruidos e tudo muito esquisito – sabe aquele pensamento; “Mas cade a Europa que eu vim ver?“… comecei a ficar encucada… acho que (ainda) não tinha me dado conta que estava pisando pela primeira no leste europeu e Budapeste foi uma das cidades mais devastadas pelas guerras, dominações e assim por diante.
É visível o rancor que os hungaros tem pela dominação da União Sovietica, pois eles foram “libertados” dos nazistas para cair na mão dos comunistas. A foto acima retrata um pouco dessa Hungria que sempre lutou para manter sua identidade… a bandeira com o furo (sem o brazão comunista), símbolo da revolução Hungara… (leia mais sobre a bandeira da Hungria aqui)
Tivemos mais ou menos 3 dias para conhecer cidade e foi suficiente para ter uma ideia do que a cidade tem a oferecer (e fica aqui a dica… se hospede em Peste)… Praticamente dividimos nosso itinerario assim:
Dia 1 (meio dia): Bairro Judeu (Peste)
Dia 2: Colina Gellért e Distrito do Castelo (Buda)
Dia 3: Metro do Milenio, Regiao do Parlamento e e Basilica de Sto. Estevao (Peste)
Dia 4 (menos de meio dia): Visita ao Parlamento (Peste)
A maioria dos nossos passeios foram “guiados” pelos walking tours disponiveis no website do Frommers (em ingles), basta imprimir e ir seguindo, claro que umas escapadelas são sempre bem vindas, né?!
Nosso erro ou acerto, foi ter começado exatamente pelo Bairro Judeu… chega a ser triste caminhar por suas ruas e ver o que foi feito com o local durante a Segunda Guerra Mundial – o bairro foi murado e transformado em gueto. Na época existia cerca de 220,000 mil pessoas e quase metade pereceram.
Inclusive quase em frente ao Parlamento, aos pés do Danubio, tem um memorial representando os sapatos deixados pelos judeus, após eles terem sido baleados e caidos no rio Danubio…
Dizem que o bairro judeu será o próximo “boom imobiliario” da cidade, porem, quem puder visita-lo agora, vai poder sentir um pouquinho da realidade provocada pelos Nazistas, perpetuada pelos comunistas e atualmente sendo reinstaurado… ficam mais algumas fotos para retratar um pouquinho do que vimos!
As sinagogas; “A Grande Sinagoga da rua Dohany” (onde também se localiza o Museu Hungaro do Judaísmo) e “Sinagoga da rua Rumbach”.
Memorial do Holocausto. Representação de uma arvore de metal com 7 galhos e cerca de 600.000 folhas, onde foram escritos os nomes de Judeus Hungaros mortos durante o Holocausto. O patio ao redor no memorial é dedicado aos heróis-silenciosos que salvaram milhares de vidas judias durante a guerra, entre eles: Raoul Wallenberg, Carl Lutz e Angel Sanz Briz.
Memorial ao Carl Lutz e um close-up da porta principal da Sigagoga Rumbach, onde mostra claramente o estado dos predios no bairro Judeu…
E ao lado são os “patios conectados” tão típicos e gracinhas… ao ver esse local eu comecei a entender aquela história do “boom imobiliario”…
Apesar de ter pouca gente nos corredores e muitas lojas fechadas, é muito interessante ver o renascer de um bairro… a vontade de se retrasnformar.
E foi assim… aguardem cenas dos proximos capitulos de Budapeste 🙂
14 Comentários
Bom passear pelos seus comentarios, dicas e fotos; vou conhecer o leste europeu em 2010 e não tinha nenhuma referencia. Brigadu, Mary.
Mi, vc teve a mesma reaçao que eu tive ao visitar Budapeste, cheguei a noite e no caminho do aeroporto pro hotel fiquei impressionada, odiei o que vi, cidade suja, prédios velhos, pouca iluminaçao, enfim, bateu até um desespero. Fui dormir com a sensaçao de que nao deveria ter ido, mas para a minha surpresa, no outro dia conheci um outro lado da cidade que me deixou encantada, é realmente uma belíssima cidade.
Bjoks
O leste europeu é muito bonito. Budapeste é um claro exemplo disso. Adorei as fotos.
E a vida segue...
Mi, nao a conheco ainda, mas quem sabe um dia. Com criancas pequenas esse tipo de viagem deve assustar.
Um bjao
Nooossa Mirella,
Voce pode ser professora de História se quiser. É uma ótima contadora e mostra a Europa de forma super interessante.
Quando se entende da história do lugar, fica muito mais fácil compreender toda a situação não é mesmo? Adorei a aula.
Beijos
Adorei o seu tour;fotos e referências,abrindo a mente para o se vê;proporciona o que eu chamo de olhar esclarecido.
Acho viagens assim ótimas. Vc pensa que vai ser uma M, mas no final vira uma grata surpresa.
Amei!
Bjokas
Mi, tem tanto tempo que não venho aqui.
Estava com saudades do mundo do blog, pra quem gosta de escrever é a melhor coisa do mundo..rs
Seu blog como sempre continua muito interessante, eu adorei as fotos e a história de Budapeste, vou colcar na listinha de lugares a visitar quando essa minha fase de estudante enlouquecida acabar..rs
Beijos
parece ser uma cidade linda!
Oi Mirella.
Não conheço Budapeste por isso adorei suas fotos.
Bjs.
Elvira
Estaremos ( 3 casais ) chegando em Budapeste 12/10/2.012 para um roteiro de 12 dias entre Budapeste, Viena (Bratislava) e Praga. Como estamos viajando por nossa conta você teria algumas dicas ou roteiros da(s) cidade(s) para facilitar nossa visita.
Grato.
Oi Claudio, Tudo bem?
Ainda não tive tempo de organizar os posts dessa viagem aqui no blog, acaba sempre ficando para depois :)
Vou te mandar por e-mail meu rascunho de roteiro, que é uma bagunça sem fim e só eu entendo (risos)... mas de repente te ajuda!
Ah sim... você poderia me confirmar seu e-mail, achei esse que você deixou aqui um pouco estranho, pode coloca-lo no corpo dos comentários e eu deleto em seguida. Ou se colocar certinho no campo e-mail dos comentários, só eu consigo ter acesso. Fica a seu critério.
Abs
[...] 1) Memorial em homenagens aos judeus sacrificados durante a guerra (“Shoes on the Danube Promenade”). Já contei um pouquinho sobre a história dos Judeus em Budapeste nesse post aqui. [...]
[...] 1) Memorial em homenagens aos judeus sacrificados durante a guerra (“Shoes on the Danube Promenade”). Já contei um pouquinho sobre a história dos Judeus em Budapeste nesse post aqui. [...]