Hoje eu vou falar de saudade que a gente sente quando mora fora. Mas não daquela saudade do guaraná Antarctica, do pão de queijo, do churrasco ou da pizza. Nem tão pouco daquela saudade das praia do Brasil, da piscina e do calor. Certamente, essas saudades são comuns, mas elas vem e vão, e é sempre fácil achar outras coisas que as substituam, ou até mesmo você encontra nos lugares que vive.

Eu queria mesmo é falar daquela saudade que doi lá no fundinho do peito, e que dói de forma permanente, e que não passa. A saudade que eu sinto da minha familia e dos meus amigos. Essa sim, é a verdadeira saudade, pois as vezes eu nem se dou conta que ela existe, pois ela faz parte de mim, convive comigo o tempo todo e é uma saudade que não tem cura.

Quantas vezes falei para o Kiko (marido) que se todo mundo estivesse aqui, eu não ia sentir falta do Brasil, pois tudo o que realmente me importa estaria por perto. Como é difícil estar longe dos acontecimentos, dos nascimentos, dos batizados, dos aniversários, dos casamentos e dos momentos especias. Como é complicado estar longe dos sentimentos: do olhar do meu pai, do aconchego da minha mãe, do carinho da minha vó, do sorriso dos meus amigos, do modo que o Pedro (meu sobrinho) fala “Mi” e de tantas outras saudades…

Há outras coisas para falar e acrescentar nessa lista, mas na verdade todas elas fizeram parte da nossa escolha de estar aqui no Canadá hoje. E se alguém me perguntar: Voce faria essa mudança de novo??? Eu responderia: SIM, pois ao mesmo tempo que existe a saudade (de ambas as partes) existe a força e o apoio que eles nos oferecem, e é isso que nos faz ser felizes e realizados aqui!!!

Interessante, que aqui no Canadá existe uma palavra em inglês que define essa versão da saudade, homesick. Traduzindo literalmente ficaria doença de casa (ou algo assim), como se você estivesse doente por sentir falta de algo… sempre achei essa palavra interessante..

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