Conforme a gente vai ganhando maturidade (leia-se: rugas), vamos aprimorando nossa maneira de pensar e logo descobrimos que nem sempre a maneira que a gente pensava antes, vale no agora… Na verdade, percebo que não sou a mesma pessoa que era há 15 anos e as vezes nem a reconheço, e por isso, o texto de hoje é “Pela liberdade de não precisar dizer “Pra sempre” ou “Nunca Mais””

Deserto de Negev em Israel

As vezes é preciso arriscar para se ter o melhor ângulo

Os príncipios podem continuar os mesmo, isso na minha opinião é imutável, pois é quem você é no âmago. Mas a maneira de viver, de olhar e de encarar o mundo deve sim mudar ao longo de nossa vida, do contrário, o que será que realmente aprendemos com os passos dados? será que realmente vivemos? Ou pior, será que estamos aqui somente para repetirmos o passado dos nossos pais?

E acredito que é exatamente isso que Belchior quis dizer naquela música “Como nossos Pais”, e imortalizada na voz de Elis Regina…

“Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo…”
 

Vira e mexe me vejo pensando e agindo de maneira completamente diferente do que eu era no passado… tantos preconceitos deixaram de existir, tantas amarras que a sociedade nos impunha da tela da TV foram quebradas e tantos mitos cairam por terra. E isso não quer dizer que eles desapareceram, eles simplesmente deixaram de existir pra mim como indivíduo e quanto mais eu encontro novas pessoas, conheço novos lugares e aprendo com meus erros, mais me vejo uma nova pessoa, alguém mais leve e sem compromisso de seguir sempre aquela linha que me foi traçada, pois o futuro é meu, eu trilho meu caminho e se não gostar de onde estou, simplesmente mudo a direção.

Eu tenho a sorte de ter ao meu lado alguém para seguir esse caminho de mãos dadas, pois muitos medos são vencidos mais facilmente quando estamos a dois… mas não impede de também ser seguido por pessoas que estão ou ficaram sozinhas, pois isso também significa um caminho diferente e aberto pra novas oportunidades.

Claro que muitos grilos continuam zombando a cabeça, mas esse passo para vencer as raízes do “pra sempre” e “nunca mais” eu não quero na minha vida e não recomendo pra você!

PS: As vezes eu gosto de filosofar …