Quando me mudei para o Canadá, apesar de ter ficado super empolgada com o novo país, o aprendizado do inglês e a adaptação ao novo ambiente, eu também tinha uma necessidade muito grande de fazer novos amigos e de ter uma turma.
A sensação de isolamento quando a gente muda é um pouco assustadora, pois todos nossos contatos continuam vivendo a rotina do Brasil e você fica ali, vendo o mundo passar pela timeline do facebook ou dos grupos do whatsapp (na minha época nem isso tinha, então imagina a situação!).
Os primeiros meses da chegada são intensos e você quase nem tem tempo de respirar, são tantas coisas para resolver, estudar e se estabelecer, que a gente se perde no calendário.
Mas aos poucos, os finais de semana vão ficando mais longos e o coração e o corpo começam a sentir ainda mais falta da família e amigos para preencher o espaço e nos fazer sorrir!
E então, a gente se dá conta que precisa ir atrás de novos amigos e geralmente, os primeiros que aparecem são os brasileiros, pois querendo ou não, eles são mais acessíveis especialmente para quem não domina a língua, não tem filhos ou ainda não arranjou emprego.
Dependendo da necessidade, qualquer pessoa que aparece falando português a gente vai chamando e colocando dentro de casa, mas numa dessas você percebe que o fato de ser brasileiro, não significa que a pessoa tem a ver com você! Esse processo é muito chato, confesso!
Por isso que dei esse título ao post, porque me lembrei dessa fase da vida que estava a procura incessante de amigos e quantas vezes acabei caindo do cavalo! Mas por outro lado, se não tivesse aberto as portas, vários amigos importantíssimos na minha vida atualmente, não teria entrado!
O importante é ter calma, fazer um esforcinho, muitos bons amigos vão aparecer e os melhores vão fazer parte de sua história pra sempre!
E é sempre assim … tudo na vida tem o lado bom e o ruim!
- Imagem do post por Pexels
Mais sobre amizade de vida no exterior:
6 Comentários
Verdade viu?! A gente sente um conforto por encontrar pessoas da mesma cultura e lingua, mas isso nao quer dizer nada. Tudo tem a ver com afinidade, amigo mesmo se demora a fazer. Também ja cai do cavalo com essa.
Pois é... precisamos dar o primeiro passo para criar boas amizades, que felicidade a minha ter te encontrado, na verdade, te reencontrado!
Beijão
Disse tudo! A gente tem que deixar a porta aberta, mas tem que ser sabio o bastante para entender que nem sempre aquela pessoa não é naquele momento, o tipo de amigo que você esperava, ou precisa e deixá-la ir sem se desanimar. Eu senti muito isso quando cheguei há 8 anos, depois essa ansiedade foi se acalmando, e hoje é engraçado quando percebo que tenho pouquíssimos brasileiros no meu grupo de amigos, a maioria é canadense ou de algum outro lugar. O que hoje eu percebo que foi muito bom pra mim no que diz respeito à adaptação, mas principalmente, ao aprendizado do idioma. Cheguei aqui sem falar nada do Inglês, e me forçar a aprender para conhecer mais pessoas, ajudou muito. Hoje em dia, os poucos - e verdadeiros - amigos brasileiros que tenho, são meu acalanto na hora que eu preciso apenas falar um pouquinho de português, de comer uma feijoada, de rir de uma piada que faz sentido somente em português, ou simplesmente ouvir e compartilhar toda essa experiência incrível que é imigrar com alguém que te entende.
Que legal seu comentário, eu também acho ótimo ter um mix de amigos entre brasileiros, imigrantes e nativos (risos).
O começo é complicadinho, mas depois de engata, tudo fica melhor.
Beijos e volte sempre.
[…] Motivos para NÃO imigrar para Australia Nem todo brasileiros precisam ser seu amigo Australia Day, será que devemos celebrar? Mudar de país e vulnerabilidade Duas gelaterias em […]
[…] Nem todo brasileiro precisa ser teu amigo no exterior […]