Estou me lembrando, que um dia desses estava no blog da Nora, lendo seus posts encantadores e super bem escritos, quando me deparei com essa frase “a solidão é não precisar” (Clarice Lispector)… essa frase me tocou profundamente…

Nao me abro, nao falo de mim (somente o superfluo), nao escrevo sobre meus medos e tenho pavor que alguem, por um simples e unico momento pense que sou carente, ou que preciso de ajuda, ou que nao estou feliz etc. Esses sentimentos de auto-protecao sao “interessantes”, mas lendo tantos blogs de pessoas mais ou menos maduras, chego a conclusao que sou normal e que essa eh mais uma etapa da vida… nem me aguento para ser balzaquiana, mais madura, mais experiente, mais linda por dentro eheheheh… 🙂

Outra coisa, sou toda encucada… (Ana Rubia, isso eh coisa de leonina, viu?!) Adoro colocar caraminholas na minha cabeca e ficar me descabelando pensando se fiz mal a alguem, ou se fui descuidada nas palavras, ou se nao dei carinho suficiente, ou se falei mais que devia etc… isso eh um saco sem fim… mas ao mesmo tempo, nao consigo ser aquele ser super presente…

Nem sei se tudo isso que estou dizendo, se deve ao fato dessas mudanças… pois, apesar delas serem maravilhosas e me ajudarem a descobrir um pouco do mundo… elas tambem nao deixam que amizades se amadurecam, que os laços se apertem e por ai vai… adoro ter amigos em todos os cantos, mas as vezes sinto falta dos amigos constantes, aquele que sao “pau para toda obra”… a distancia e as mudancas contribuem para o afastamento… sei la, faz parte… sera que estou enganada?

Quando falo tudo isso, em hipotese alguma acho que sou infeliz… muito pelo contrario, a vida vem sendo tao genorosa comigo, que deveria agradecer todos os dias as coisas boas que recebi e continuo recebendo… as vezes, quando paro e penso em tudo o que vivi… acho jah fiz 3 vezes mais do que havia imaginado, sou realizada!… mas este post eh sobre o mundo interior…

Obs: Fiz esse post ha alguns dias, mas nem publiquei… hoje re-editei e aqui esta ele, firme e forte! O fiz depois que assisti (e quase desidratei de tanto chorar) o filme “Million Dollar Baby” (Menina de Ouro)…