Continuando Israel Introdução

Só mais uma coisinha que esqueci de acrescentar na introdução:

– Voamos Amsterdam – Vienna – Tel-Aviv (Austrian Air) e voltamos Tel-Aviv – Frankfurt – Amsterdam (Lufthansa): os dois vôos foram super tranquilos e a segurança foi igual a ir para qualquer outro país. Sinderamente, achei que a segurança seria super severa, mas tudo isso é balela…
Começou aí a quebra de paradigmas! Cade o homem-bomba???? (risos…).

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Sempre que me lembro de Jerusalém, duas coisas vêm a minha cabeça:

1) UAU… não acredito que eu pisei naquele lugar.
2) Deveria ter reservado no mínimo dois dias para essa cidade.
Dome of the rock - Jerusalém

E foi assim… com chave de diamante que começamos nossa viagem à Israel… Jerusalem é tudo o que você imagina e mais um pouco e tenho certeza que agrada a todos: Cristãos, Judeus, Muçulmanos/Islâmicos, cientistas, arqueologos, historiadores, turistas e você! É impossível não se emocionar e não perceber que cada pedra daquele lugar tem mais de 2 mil anos de história para nos contar… Sem dúvida, foi umas das cidades mais incríveis que já passei…

Para o passeio nessa cidade, resolvemos contratar um guia. Nos recomendaram o Yoni Shapira (yoni-lin@(retireisso)netvision.net.il), que é um senhor judeu (8a. geracão em Jerusalem), nos guiou perfeitamente pela cidade, nos deu muitas dicas, nos contou muitas história e fez nosso passeio 100%… porém, tudo isso tem um preço… e pagamos a bagatela de US$450 o dia (socorrooooooo!). Mesmo assim, eu o continuo recomendando… especialmente para quem gosta de passeio e guia exclusivo.

Yoni, foi nos pegar em Re’ut (cidade que moravam nossos amigo) e nos levou a Jerusalem (a estrada é mesma que qualquer pessoa pegaria do aeroporto a Jerusalem). No caminho, você já começa a sentir o separatismo… É quase surreal percorrer uma estrada inteiramente murada e Israelense, onde nenhum Palestino que vive na Cisjôrdania pode usá-la), porém tudo ao seu redor é Cisjôrdania, muito estranho (parece joguinho de video game)… O muro (novinho em folha) foi colocado para inibir Palestinos de atirar nos motoristas Israelenses (imagina a cara do Kiko quando soube disso, quase pediu para voltar, risos!)… sem contar que você tem que passar por barricada(s) militar(es) durante o caminho.

Jerusalém, fica no meio da Cisjordania/Palestina, mas ela foi divida entre Israel e Cisjôrdania… e para os Judeus, Jerusalem é “capital eterna e indivisível”… e eu não duvido que os Mulçulmanos digam a mesma coisa… e os Cristãos, ficam em cima do muro, para não criar confusão e continuar com um pedacinho da Terra Santa na mão deles.

Chega de “intriguinhas” e vamos ao passeio…

Começamos vendo as incríveis vistas da cidade: primeiro paramos em um lugar (que não lembro o nome) para ver a vista abaixo, típico de Jerusalém… reparem que na setinha branca, tem uma estrada, nela tem um muro no meio, onde de um lado só passam Israelenses e do outro somente Palestinos (que vivem na Cisjôrdania).

Vista de Jerusalém
Eu ainda não consigo entender como isso existe nos dias de hoje!!! Veja aqui uma foto que ilustra com mais clareza o que estou falando.

De lá, fomos para o Monte Scopus, ver pela primeira vez a vista da Cidade-Velha de Jerusalém… como esse monte é distante e alto, é possível ter um panorama geral da cidade… eu achei interessante!
Vista de Jerusalém do Monte Scopus

Como um dia é muito pouco para conhecer Jerusalem e era somente o que tínhamos, focamos nossa viagem no lado histórico e católico, e confesso que queria ter ficado mais, pois foi tudo muito corrido… (dedique pelo menos 2 dias para conhecer a cidade).

Ali do ladinho do Monte Scopus, fomos para a Mesquita da Ascensão , para ver o local onde possivelmente existe uma pegada de Jesus e onde Jesus ascendeu aos céus (uns a chamam de “Capela da Ascensão” – link)… Esse prédio é administrado por Muçulmanos desde 1198, mas é considerado um local sagrado para cristão e mulçulmanos (visite durante a manhã, pois tem sempre alguém para te abrir a porta… porém o horário é irregular, se a porta estiver fechada tente tocar o sino/campainha…). Foi lá que tive meu “primeiro contato” com Jesus e foi incrivel… eu sei, eu sei… é tudo palhaçada e pega turista, mas é emocionante!

Para quem não sabe, os muçulmanos também consideram Jesus como profeta, porém Maomé é o “profeta-mor”. (Para entender melhor a importancia de Jesus na religião islamica, aconselho a leitura desse post da Barbrinha, brasileira muçulmana que mora no Egito).
Mesquita da Ascensão - Jerusalem
O círculo vermelho indica onde está a “suposta pegada” e a vela maior, foi a gente que ascendeu, eu a dediquei as minhas avós (Cida e Ivone).

Lição No. 1 para amar Israel: Abstraia e seja feliz! Tudo bem que pensando racionalmente, as coisas não aconteceram exatamente no exato local que você esta visitando… mas aconteceu ali perto, né?! O importante não é o local em si, mas a história e fé que circundam a região. Pensa nisso.

Da Mesquita da Ascensão, fomos para o Monte das Oliveiras… primeiro visitamos o observatório, para ver novamente a cidade velha de Jerusalém… Vista IMPERDÍVEL e essencial!!! (primeira foto colocada nesse post).

E essa é outra visão que temos do Monte das Oliveiras… desta vez olhando o que fomos visitar em seguida:
Vista do Monte das Oliveiras- Jerusalem
Observem nessa foto o muro da cidade velha (bem lá atrás) e o cemitério judeu que segundo a lenda dizem que existe mais que 150.000 tumulos nesse local. O cemitério é extremamente concorrido pois é lá que acontecerá o dia do “Dia do Juízo” (local onde irá começar a ressuição dos mortos), profetizado segundo Zacarias (14.4) há mais de 2600 anos:

“Naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade para o sul.

Agora, descendo para onde estão os prédios bonitinhos da foto acima (junto a vegetação mais intensa). Começamos a visitar o Jardim de Getsamane, local onde Jesus costumava rezar e foi preso. Foi nesse local também que Ele agonizou um dia antes de sua morte:

“Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice,
não se faça, contudo, a minha vontade mas a Tua” (Lc 22, 42).

Monte das Oliveiras - Jerusalem
Essas oliveiras tem mais de 2000 anos (uma das mais antigas do mundo e idade cientificamente comprovada)… resumindo, eu pisei no mesmo local que o Cara pisou… uau… eheheh! (Desculpa o lado piegas do texto, mas não consigo resistir e passar toda a emoção que estava sentindo naquele lugar!)

Logo ao lado desse jardim com as Oliveiras, fomos visitar a Igreja de Todas as Nações.
Igreja de Todas as Nações- Jerusalem
Reparem no mosaico de Jesus na sua agonia (assumindo os pecados no mundo) e nas extraminades, tem os símbolos das 12 nações que patrocinaram a construção da Igreja (Infelizmente a foto é pequena para ver esse ultimo detalhe).
Igreja de Todas as Nações Igreja de Todas as Nações
Panorama geral da Igreja e os turistas… muitos turistas

De lá… logo ali na frente, fomos para Tumba de Maria, segundo os católicos ortodoxos (e como sempre, a decoração é super pesada, cheia de coisas douradas, uns negócios pendurados no teto e afins..). Na verdade, essa é uma das tumbas de Maria existentes no mundo (sem comentários!). A idéia de que Maria subiu aos céus é assumido somente pelos Católicos Romanos.
Tumba de Maria em Jerusalem

Para deixar nosso passeio um pouco mais cultural, fomos visitar um local de escavação arqueológica, onde arqueológos, cientistas, escavadores etc estão encontrando caminhos/ruas em perfeito estado datado do seculo I… vocês não imaginam… isso pode desvendar muitas coisas e eu fiquei fascinada. O problema dessa escavação é que esta atingindo o perimetro da cidade e precisa de aprovação para continuar…
Escavações em Jerusalem
E vamos chegando ao final desse post sobre a parte de fora do muro de Jerusalém… mas antes, quero adverti-los sobre a Síndrome de Jerusalém

Síndrome de Jerusalém é o nome dado a um grupo de fenômenos mentais envolvendo idéias obsessivas com religião, delírios ou outras experiências psicóticas desencadeadas por (ou que levam a) uma visita a Jerusalém. Não é exclusiva de uma religião, podendo afetar tanto judeus quanto cristãos.

Esta perturbação surge enquanto a pessoa está em Jerusalém e causa delírios psicológicos que tendem a se dissipar após algumas semanas. Todas as pessoas que já sofreram disto têm histórico de doenças mentais. ” (fonte: Desconstruindo a Mente).

O caso mais sério da Sindrome de Jerusalem, aconteceu em 1969 quando um Cristão Australiano colocou fogo na Mesquita Al-Aqsa, causando sérios danos. O moço acreditava que ele tinha que destruir os prédios não-cristãos da área Haram ash-Sharif (onde se situa a mesquita Al–Aqsa) para a chegada do Messias… vai vendo! (Ainda bem que nenhuma síndrome me atacou ehehehe!).

E para quem chegou aqui e precisa fazer um xixi… o caminho é logo ali 😉
Sinal de Banheiro - Jerusalem

Continue lendo: Jerusalem Parte 2

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